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Acervo Fotográfico Dossiê
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Famílias Silva Araújo, Martins Chaves e Santana

Este álbum é compartilhado pelas famílias: Famílias Silva Araújo e Martins Chaves ( Família Santana).

  • Apontamentos sobre as Famílias Silva Araújo:

O Cel. José da Silva Araújo chega à Viçosa, vindo de Senhora de Oliveira, em meados do século passado (aproximadamente no ano de 1853). Compra por cinco contos de réis (5.000$000) trezentos e oitenta hectares de terra – hoje terreno da UFV – onde constrói a Fazenda Criciúma: uma sede com onze quartos, três salas, cozinha, quarto de armazenamento e casa de escravos.
Vindo de Ubá o primo farmacêutico Benjamim Araújo - nome da rua - instalam uma das primeiras farmácias de Viçosa. Todos os seus filhos permanecem agricultores, exceto José da Silva Araújo Júnior (Zeca Araújo) que foi comerciante. Com os casamentos, quase todos os Silva, Ferreira da Silva, Oliveira, Teixeira, Baptista da Silva, Lopes de Carvalho, Silva Guimarães, Milagres, Ubaldo, Torres e Rosado pertencem à mesma família.
O Cel. José da Silva Araújo foi Chefe Político e compadre do Presidente Bernardes, sendo padrinho de Arthurzinho. Iniciou a família em Viçosa com sete filhos e quarenta e quatro netos, casado com Eugênia.

  • Apontamentos sobre a família Martins Chaves:

A mais antiga anotação dos Martins Chaves fala do casamento de João Lopes Martins e Maria Fernandes Chaves, naturais da Freguesia de Nogueira (São Miguel). No século XVIII os Martins Chaves já estão na região de Ponte Nova; Miguel Martins Chaves casa-se com Francisca Velcocinda Martins Chaves por volta de 1880 e após o falecimento do marido vem fixar residência em Viçosa com os filhos José, Miguel, Maria Leonor, Ana Maria e João. D. Chiquinha, como ficou conhecida, era doceira e estava sempre presente em festas e jantares na casa do Presidente Bernardes.
Dos filhos:

  • José foi bancário em Juiz de Fora (Banco de Crédito Real), casou-se e teve três filhos: Zilah, Inah e José;
  • Leonor (Mariquinha) – viúva sem filhos – foi costureira;
  • Ana Maria (Donana) casou-se com Antonelli Bhering, mas faleceu ao dar à luz Ana Maria Chaves Bhering (que depois casa-se com Joaquim Fernandes Braga – mais tarde primeiro Reitor da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais);
  • Miguel casou-se e foi morar em Abre Campo tendo quatro filhos:
    Carmem - casada com o advogado Paschoal Grossi com quem teve cinco filhos (Maria Auxiliadora, Raulina, José Geraldo, Expedito e Everaldo).
    Francisca – foi professora, casou-se e não teve filhos.
    Mariquinha – professora e pianista.
    João – fazendeiro.
    Aluísio – morou e morreu em Brasília.
    Afrânio e Antônio.
  • João foi negociante de secos e molhados em uma venda situada ao lado da antiga Igreja Matriz (hoje parte da área do Santuário de Santa Rita). Casou-se com uma portuguesa da região do Minho, irmã de João José Araújo, chamada Virgínia. Da descendência de nove filhos cuidou D. Virgínia que, durante muitos anos, manteve uma pensão na Rua Virgílio Val, onde acolhia estudantes de todas as regiões do país.
    José foi bancário; João técnico-agrícola em contabilidade; Terezinha faleceu solteira; Geraldo Martins Chaves foi professor, Chefe de Departamento, Diretor da ESAV, Vice-Reitor e finalmente Reitor da UFV; Miguel foi engenheiro agrônomo e funcionário da FINEP; Pedro e Paulo foram médicos; Antônio foi engenheiro agrônomo, aposentado pelo IPEA e fazendeiro em Goiás.
    A frase seguinte é da cronista Norah sobre D. Virgínia, que faleceu no dia 25 de Maio de 1994, aos noventa e seis anos. “As mãos que lavaram roupas, que se entregaram a todas as tarefas domésticas, abençoaram, que velaram filhos doentes, que abrigaram filhos dos outros, que derramaram benefícios, hoje descansam tranquilas. A missão foi cumprida.”

Família Paranhos

  • Apontamentos sobre a família Paranhos:

Joaquim Pereira e Camila Sabina geraram Sebastião Paranhos; Cirilo do Carmo e Senhorinha geraram Maria Geralda da Paixão Paranhos. Sebastião, natural de Teixeiras, nasceu no dia de Reis de 1898 enquanto Maria Geralda, natural de Viçosa, nasceu em 1910, filha do homem que se imortalizou como o grande guardião do principal jardim: o da Praça Silviano Brandão.
Sebastião Paranhos foi lavrador, pasteleiro, vicentino (Confraria de Vicentino) e membro da Liga Operária Viçosense, da qual foi tesoureiro por vários anos. Faleceu em 1964. Maria Geralda foi cozinheira e mesmo depois dos oitenta e seis anos ainda continuou fazendo salgados para festas e banquetes, como o famoso pastel de angu. Aposentou-se pela UFV, onde trabalhou de 1961 a 1976, recebendo um salário mínimo por mês.
A vida a dois de Sebastião e Geralda, iniciada com o casamento em 23 de Maio de 1931, foi marcada pela luta para criar os sete filhos, que já geraram sete netos e bisnetos. Os filhos: Maria Tereza, Sebastião, José Carlos, Maria da Conceição, Maria Geralda e Antônio.

Tonymello Produções Fotográficas

Registros, realizados entre as décadas de 1920 até os anos 2000, das vistas parciais e panorâmicas da cidade de viçosa, de suas principais edificações, das igrejas e praças populares.

Tonymello Produções Fotográficas

Família Teixeira e Vaz de Mello

Este álbum é compartilhado pelas famílias: Teixeira e Vaz de Mello.

  • Apontamentos sobre a família Teixeira:

Raphael Teixeira e Januária foram os pais de Antônio (Nico Raphael), trabalhador e ambicioso que se casou com Maria Francisca (D. Cota), mulher bonita, filha de Luiz Ferreira e irmã de José Ferreira do Nascimento, líder político do Partido Republicano em São José do Barroso. O casal teve três filhos, José Martins Teixeira (Zezé), Maria Francisca Teixeira (Nega) e Antônio Raphael Teixeira (Tote); este nasceu em 2 de Janeiro de 1907, perto da morte de seu pai em 10 de Outubro de 1906.
Ao morrer, Nico Raphael deixou muito bem D. Cota e os filhos; sua herança era composta de uma fazenda situada no Córrego São Domingos em Viçosa e outras propriedades em São José do Barroso nas localidades de Taquaraçú, Chaves e Braunas (hoje Paula Cândido). Continha ainda um rebanho bovino, alguns animais de lida, algumas ações e outras apólices, uma casa e um lote também em Viçosa.
Na partilha da herança, coube a D. Cota a sede da fazenda no Córrego São Domingos. A propriedade de Taquaraçú ficou para a filha enquanto as propriedades de Chaves e Braunas, em São José do Barroso, comporiam as heranças de José e Antônio. Confrontando com a sede da fazenda em Viçosa, uma propriedade pertencente à família Barros foi colocada à venda. Posteriormente, José e Antônio venderam suas propriedades em São José Barroso e com o dinheiro adquiriram a propriedade dos Barros para que pudessem ficar mais perto da mãe.
D. Cota casou-se com Dornelas Freitas (Sodé), seu pretendente antes mesmo de Nico Raphael, casamento não consentido antes pelo pai da moça. José Martins Teixeira e Antônio Raphael Teixeira foram fazendeiros em Viçosa, sendo por muito tempo conhecidos por Zezé e Tote do Sodé, que era apenas padrasto deles.
Tote morou em Viçosa tendo treze filhos, quase quarenta netos e cinco bisnetos; a UFV já outorgou trinta diplomas aos membros de sua família, quatro de seus filhos, dois genros e uma nora pertencem ao corpo docente da Universidade. Zezé viveu em Paula Cândido e casou-se com D. Ritinha. Maria Francisca T. Duarte viveu sempre em Paulo Cândido, morreu em Viçosa no Hospital São Sebastião.

  • Apontamentos sobre a família Vaz de Mello:

Em 1466 a família Vaz de Mello, de origem nobre portuguesa, recebia o título de “Condes de Atalaia”. O primeiro Conde de Atalaia foi D. Pedro Vaz de Mello, do Conselho de D. Afonso V, governador da Cada do Civil e senhor das Vilas de Atalaia e Asseiceira (In “Encyclopedia e Diccionario Internacional” W. M. Jackson. Vol II).
Com o descobrimento do Brasil uma parte da família deslocou-se para cá formando vários núcleos, em sua grande maioria, sediados em São Sebastião do Rio de Janeiro. Desses, alguns vieram para Minas Gerais seguindo a trilha histórica do Estado: Vila de Mariana, Curral Del Rey, Arraial da Barra do Sabará, Vila Rica e outros mais. Alguns retornaram a Portugal e os que permaneceram em Minas formaram raízes principalmente em Arraial da Barra do Sabará (hoje Nova Lima). Assim se originou o tronco familiar que veio se estabelecer em Viçosa. Sua descendência direta é do Capitão João Vaz de Mello e de seus quatro filhos: Tito, Francisco Antônio, João Filho e Fernando. Eles são ascendentes diretos da quase totalidade do extenso clã dos Vaz de Mello sediado em Minas Gerais; há núcleos familiares em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Ponte Nova, São João Del Rey, Guiricema, Santos Dumont, Barbacena e vários outros municípios.
Francisco Antônio, conhecido como Major Francisco, morava em Curral Del Rey, onde era comerciante, fazendeiro e respeitado chefe político. Teve muitos filhos, dentre eles José Carlos e Guilherme Ricardo Vaz de Mello, figuras marcantes da história de Belo Horizonte na passagem do século. Tito e João foram comerciantes por muitos anos em Belo Horizonte.
O Engenheiro Fernando, como era conhecido por ser licenciado em Pontes e Calçadas pela Escola de Paris, veio se juntar aos outros Vaz de Mello sediados em Viçosa (então Rio Turvo) casando-se com Sophia Adelaide de Andrade, descendente do irmão do Conde de Bobadela. Dessa união nasceram: Carlos, Aurélio, Fernando, Domingos, Cornélio (ex-prefeito de Belo Horizonte), Septímio e Lívia (casada com Desembargador Arnaldo de Oliveira).
Todos tiveram grande atuação no município, sendo o Senador Carlos um dos mais ilustres, brilhante advogado, atuou nas comarcas de Visconde do Rio Branco, Ubá e Viçosa, foi Juiz de Direito nas duas últimas. Foi agricultor e industrial, mas é na esfera política que mais se destacou elevando o nome de Viçosa. Foi também deputado em 1882 e 1884; em 1891 liderou a rebelião que resultou na forçada renúncia do então Presidente do Estado (Dr. Cesário Alvim) tendo ao seu lado outros viçosenses ilustres como Theotônio Pacheco. Em 1893 fundou o “Jornal Cidade de Viçosa” e no ano seguinte foi reconduzido à Câmara dos Deputados, cuja presidência ocupou por várias vezes. Ele foi eleito simultaneamente Deputado e Senador em 1902, optando pelo Senado.
Casou-se com sua prima Maria Augusta e tiveram dezesseis filhos: Felippe, Alice, Mário, Gragina, Maria, Carlos, Sylvia, Clélia – que se casou com o presidente Arthur da Silva Bernardes – Sylvio, Fernando, Sophia, Lívia, Maria Augusta, Ciro, Sebastião e Washington.14 A família Vaz de Mello, sempre muito unida, contribuiu bastante para o desenvolvimento de Viçosa e região. Com atuação em várias áreas, como comércio e agropecuária, sempre incrementava com as novidades da capital procurando trazer as modernas técnicas dos grandes centros, pois ainda não havia a Universidade. Outra grande contribuição foi a Fábrica de Tecidos, localizada em Silvestre, que gerou empregos e receita municipal. Na área da Educação se destacou na fundação do Colégio São José na vizinha cidade de Ubá.
Uma família que trouxe sua parcela para o progresso local, no panorama social e político, como caso do Senador ou de seu filho Washington (Ministro do Superior Tribunal Militar, General da Divisão do Conselho Supremo da Justiça Militar Extraordinária, Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros e muitos outros cargos). Também o ex-prefeito José da Costa Val de Mello (Parrique), filho de Agostinho Vaz de Mello e sobrinho-neto do Senador; ou o Desembargador José Norberto Vaz de Mello, que ocupou outros cargos no Estado de Minas. Residiram em Viçosa os descendentes diretos de José da Costa Vaz de Mello e Agostinho Vaz de Mello Filho, bem como D. Olga Vaz de Mello Barbosa e seus descendentes, esta no ramo familiar sediado em Guiricema.

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