É apresentado o discurso de Geisel que propõe algumas reformas no governo que levantaram discussões sobre o regime vigente; panorama sobre economia mundial capitalista; demonstração das diversas greves que aconteciam na América latina e ainda uma crítica ao marketing utilizado pelo Bradesco para a atração de mais associados.

Subjugo da população pelo Regime Militar brasileiro é caracterizado e ressaltado na edição; primeira greve nacional de estudantes e docentes universitários pela liberação de verbas para estruturação do ensino é retratada; envolvimento de um dos presidentes do Sindicato dos Transportes com órgãos de repressão na passagem de informações aos mesmos é relatado; luta das mulheres pela melhoria de vida e trabalho são outros pontos colocados na edição.

Perguntas sobre os resultados esperados da condição política que se iniciava são feitas; exaltação da ação do Exército como gloriosa; relatório e balanço geral da Companhia Viçosense de Força e Luz; editais de praça; apresentação de novas perspectivas acerca da instalação do Regime Militar.

Os jornais contemplam temas ligados ao período da Ditadura, retratando a realidade brasileira na época do regime. Junto a isso, encontram-se assuntos ligados à sociedade, política, economia, cultura e educação e temas internacionais. São em sua maioria alternativos, ou seja, jornais que se desviaram do caminho seguido pela mídia tradicional e que tiveram o seu auge durante o regime militar no Brasil, fazendo críticas ao modelo socioeconômico vigente e indo contra a ditadura. Redigidos por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, os jornais alternativos lutavam de uma forma geral contra a intolerância política e buscavam formar uma identidade cultural calcada nos valores nacionais. Esta série contempla periódicos com esse perfil, justificando assim a sua denominação “Jornais de Esquerda”.