Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1977-1980 (Produção)
Nível de descrição
Subsérie
Dimensão e suporte
Suporte: Papel
Área de contextualização
Nome do produtor
História administrativa
Diferentemente dos jornais anteriores, o Coojornal não tinha ligações orgânicas com os grupos políticos da época. Era uma experiência de jornalistas gaúchos — muitos deles egressos da Folha da Manhã, outros recém-saídos das escolas de comunicação do Rio Grande do Sul — que visavam a um jornalismo crítico, independente e livre, inspirado no modelo do Il Giornale italiano.
Em agosto de 1975 foi fundada a Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre Ltda. com o objetivo de prestar serviços jornalísticos e de editar seu próprio jornal. A cooperativa começou produzindo jornais para diversos sindicatos e associações e, finalmente, em outubro de 1976, lançou sua própria publicação: o Coojornal, tendo Elmar Bones como editor e Osmar Trindade como secretário.
O forte de Coojornal eram as grandes reportagens políticas, de cunho documentário, “reportagens-denúncias”. Muitas delas foram furos jornalísticos e lhe valeram prisões e processos. Uma das mais importantes foi publicada em julho de 1977 e apresentava o primeiro levantamento exaustivo do número de punidos (demitidos, cassados e exilados) pelos atos institucionais do regime militar. Outra reportagem de impacto, em março de 1980, provocou a prisão de alguns jornalistas por 17 dias. O Coojornal comprou informações sigilosas do Exército e publicou um relatório do general José Canavarro Pereira sobre a guerrilha do vale do Ribeira, comandada por Carlos Lamarca (1970). O jornal foi processado pelo Exército pela divulgação de documentos secretos; os jornalistas foram presos e condenados, mas soltos por habeas-corpus.
Os principais problemas enfrentados pelo Coojornal teriam decorrido de sua principal característica: a forma cooperativa de produção dentro de um mercado de competição capitalista. Assim, os principais conflitos giravam em torno das formas de pagamento aos jornalistas — opondo “veteranos”, “jovens” freelances. Além disso, as pressões políticas sofridas pelo jornal terminaram por assustar os anunciantes, que retiraram seus produtos. Para o Coojornal, que, ao contrário da maioria dos jornais alternativos, tinha sua receita baseada na publicidade, isto foi um duro golpe. Em março de 1983 saiu a sua última edição.
(Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/imprensa-alternativa)
Entidade custodiadora
História do arquivo
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Jornais que abordam, além de assuntos gaúchos, questões políticas, conflitos ou problemas relacionados à reforma agrária, ao governo brasileiro e ao governo de outros países da América Latina. Tais questões estão retratadas em reportagens, artigos, charges e entrevistas com políticos, artistas e estudantes. Além desse retrato social, abordam também questões de cunho cultural.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Organizado por número de edição em ordem crescente. Edições: 21, 27, 30, 31, 33, 34, edição especial, 40, 41, 43, 46, 47, 53, 54, fragmentos 1 e 2.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Área de documentação associada
Existência e localização de originais
05.02.01-S06 GAV4 CAM1-15