Os jornais contemplam temas ligados ao período da Ditadura, retratando a realidade brasileira na época do regime. Junto a isso, encontram-se assuntos ligados à sociedade, política, economia, cultura e educação e temas internacionais. São em sua maioria alternativos, ou seja, jornais que se desviaram do caminho seguido pela mídia tradicional e que tiveram o seu auge durante o regime militar no Brasil, fazendo críticas ao modelo socioeconômico vigente e indo contra a ditadura. Redigidos por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, os jornais alternativos lutavam de uma forma geral contra a intolerância política e buscavam formar uma identidade cultural calcada nos valores nacionais. Esta série contempla periódicos com esse perfil, justificando assim a sua denominação “Jornais de Esquerda”.

Os números retratam a situação do país e do mundo, abordando questões sobre cultura, educação e crítica à política em reportagens, biografias e artigos. Encontram - se jornais que apresentam desde manifestações operárias e estudantis até coletâneas e lançamentos na poesia e na música, próprios do período.

O intelectual Cacá Diegues é entrevistado na edição e fala sobre cultura brasileira comentando o filme “Chica da Silva”; Luiz Carlos Maciel ex-colunista do Pasquim também tem espaço em entrevista na edição colocando seus pontos de vista em relação à contracultura.

Conflito na praia de Trindade ocorrido pela tentativa de expulsão de seus moradores é colocado na edição contando a história de uma das mulheres que faziam parte do grupo e lutou por sua permanência na praia; a cultura brasileira é tema de debate da edição que reuniu Orlando Miranda, Maurício Tragtenberg e João Pedro da Fonseca.

Mário Lago em entrevista ao jornal coloca depoimento sobre sua vida e suas obras; a Bahia é representada na edição com colóquio sobre sua cultura e as modificações sentidas nela com o passar dos tempos.

Greve do ABC paulista tem início e causas retratados pelo jornal; apoio à eleição de Euler Bentes Monteiro pelo Movimento Democrático Brasileiro é demonstrado na edição colocando as expectativas dessa parceria; representatividade da música sertaneja na cultura brasileira também é destacada na edição; entrevista com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, Christian Marquette, retrata a greve de 1968 na França sua motivação e repercussões na vida dos envolvidos na mesma; relato de dois homens sobre as dificuldades encontradas no interior do estado de Minas Gerais pela seca e demonstração da busca de melhores condições de trabalho e vida em São Paulo.

Jorge Amado fala sobre movimentos culturais e intelectuais da época no Brasil.

Este conjunto reúne jornais que retratam características da política e da sociedade mineira em entrevistas, reportagens e artigos. O enfoque dado à cultura e à política brasileira também entra em debate com os problemas sofridos dentro do estado de Minas Gerais.

Jornais que abordam, além de assuntos gaúchos, questões políticas, conflitos ou problemas relacionados à reforma agrária, ao governo brasileiro e ao governo de outros países da América Latina. Tais questões estão retratadas em reportagens, artigos, charges e entrevistas com políticos, artistas e estudantes. Além desse retrato social, abordam também questões de cunho cultural.

As edições são reflexivas e dizem respeito à cultura afro-brasileira, a popularização de aparelhos de televisão e seus impactos culturais na sociedade. Também, possuem artigos críticos sobre a produção literária brasileira.